terça-feira, 10 de novembro de 2009

Sabe-me bem amar-te.


Sabe-me bem saber a ti, cheirar a ti; sabe-me bem ter-te por perto, e sentir o teu cabelo. E sobretudo sabe-me bem, mesmo muito bem amar-te.

Hoje quando tocaste à companhia, eu fui espreitar por aquele buraquinho sabes? Não fosse outra pessoa que eu nem quisesse ver. Espreitei e qual não foi o meu espanto quanto te vi, estavas tão diferente. Estás mais alto, quase da minha altura. Estou a ver que seguiste o meu conselho e foste comendo muitos danoninhos; fizeste bem. Mas estás mesmo diferente, o teu cabelo mudou, está lindo como sempre. Mas assim que te vi, que te abracei, que te beijei; soube logo que a minha memória me tinha enganado, e foi como se tivesse sido a primeira vez que te tocasse, que te beijasse, que te sentisse. A minha memória tinha-me mesmo enganado! E foi tão bom refrescá-la. Senti-me outra vez com cinco anos, senti outra vez que o mundo me pertencia, que o mundo nos pertencia. Senti outra vez vontade de cantar, de pular, de dançar, de fazer mil e uma coisas ao mesmo tempo. Senti outra vez que o mundo estava nas minhas mãos, que todo ele era repleto de coisas boas, que só nós vivíamos nele. E tudo me soube bem. Tudo o que fazias me dava vontade de te abraçar, de sorrir para ti, de te dizer que te amo, de te beijar, de aconchegar as tuas mãos nas minhas, de te dizer que tudo é belo quando estás por perto. Que tudo me sabe bem quando estás comigo. Que tudo é tão maravilhoso, quando os teus lábios se abrem para um enorme sorriso. Que tudo é mágico, tão mágico quando nos tocamos, quando nos olhamos.

E conforme te vi entrar pela porta de minha casa empurrei-te para dentro dela, sentaste-te no sofá e eu corri para cima de ti. Não dissemos uma única palavra, apenas nos abraçamos, um abraço daqueles que só nos damos e sabemos o seu segredo; daqueles que só nos sabemos a que cheiram e a que sabem.

Ficámos muito tempo assim, agarrados um outro. Eu sentia o teu coração a bater, tal como tu devias, com certeza sentir o meu. Deu-me a impressão que ambos batiam ao mesmo tempo. Já há muito tempo que tenho essa impressão. E acho que não é só impressão, acho que é mesmo verdade, acho que ambos aprendemos a sintonizar os nossos corações, de modo a que batam ao mesmo tempo quando estamos juntos, ou distantes. Para em cada batida dele sabermos que onde quer que um de nós esteja o seu coração irá dar a mesma batida, ao mesmo tempo.

Depois seguimos para o meu quarto, e à voz da margarida rebelo pinto a ler “O diário da tua ausência” partimos e envolvemo-nos num mar de beijos. Todos eles únicos e diferentes. Todos eles com sabor a mar, a praia, a sol, a luar; e a tantas outras coisas que nos fazem sonhar. Sussurrámos os mais verdadeiros “amo-te”, como tantas vezes sussurramos e sentimo-nos bem, muito bem. Sentimo-nos as melhores pessoas do mundo, porque é isso que somos quando estamos juntos. E só existimos nós. Quando estamos juntos conseguimos eliminar cada pessoa à face do planeta, e sonhar, sonhar, sonhar. Sonhar sonhos que um dia se tornarão verdade. Sonhos em que só entramos nós, os nossos futuros filhos – lindos como nós, e a nossa futura casa. Sonhos em que nós já teremos vencido tudo e todos; e que estaremos entregues a nós mesmos, sem ninguém para nos dizer o que é ou não correcto. Pois com o tempo iremos aprender que o amor é a coisa mais correcta que alguma vez existiu. Sonhos, esses, que um dia chegarão. Chegarão e se tornarão verdade. E aí saberemos com tantas certezas, quanto as que há no mundo, como é bom vivermos um ao lado do outro, para sempre. Já sem medos, nem receios, e muito menos rodeios. Sonhamos ambos com um futuro belo, onde teremos tudo aquilo que merecemos – mas desde que nos tenhamos um ao outro, nada mais interessa, nada mais importa. Tal como nunca importou.

Os nossos corpos estavam unidos como se fossem um só. Os nossos corações batiam ao mesmo tempo. As nossas almas sorriam de contentamento.

E agora se passar a minha mão pela minha boca posso ainda sentir o teu cheiro, sentir a nossa felicidade, a nossa alegria; aquela que conquistamos quando damos asas à nossa magia.

Posso ainda sentir o nosso momento, o calor dos nossos corpos, do nosso amor, o sabor dos nossos beijos, as batidas do nosso coração, a tua voz sussurrando ao meu ouvido palavras verdadeiras que me fazem sonhar. E ainda aquela alegria que me faz acreditar, que tudo é bom, que tudo é possível; e aquela sensação mágica que voltei a ser criança e que o mundo é outra vez cor-de-rosa, um lugar melhor; posso sentir ainda a minha alma pular dentro de mim. E sorrir todos os dias, e isso tudo graças a ti, graças ao nosso amor.


sábado, 7 de novembro de 2009

E aqui está, o começo de mais um blog. Um começo de mais uma aventura. Um sítio para partilhar, sorrir e chorar. Um sítio com palavras bonitas e banais, palavras ditas ou apenas pensadas.

Eu  sou a Anna, nasci no dia 22 de Maio às 18:30, a primeira pessoa a pegar-me ao colo foi o meu avô. Tenho sonhos e medos. Sou portadora de diversos sorrisos, todos eles com um significado especial. Possuo alegria, e por vezes má disposição. Gosto de rir, de ouvir rir os outros. E às vezes gosto de chorar, deitar tudo cá para fora. Não passo um único dia sem música, sem cantar e sem dançar. Tenho um melhor amigo de sonho, um namorado que me ama, que me quer e ao qual me entreguei; tenho duas melhores-amigas, tenho a InêsM., a barriga do Márcio, as cavalitas do Zé João, o tontinho do Fábio. Só com eles sei ser eu própria, sei brincar, sei aparvalhar, sei sorrir e sei chorar. Só eles me animam. Só eles são meus. Tenho os meus pais, a minha irmã, a minha prima Madalena, a minha Tia Margarida, que me dá força, amor, palavras e sorrisos; tenho a minha madrinha, tenho os meus avós, enfim tenho FAMÍLIA. Família de sangue, de alma, e de coração. Familía de sempre; família para sempre. Sou feliz, sou rodeada de amor. Tenho amor, beijos, sorrisos e abraços para dar. E por mais incrível que pareça, sei que sou feliz, poiis dão-me tudo isso sem eu pedir. Dão-me tudo isso e muito mais. Dão-me vida. Dão-me alegria. Dão-me gargalhadas. Dão-me tudo e nada. E eu gosto assim. Gosto deles todos. Se me os tirarem, tiram-me tudo. Eles são eu. Eu sou eles. Demasiado cconfuso ? Nada disso. Muito simples até.
Quando crescer quero ser psicóloga, escrever crónicas para um jornal, escrever um livro, ser feliz, viver com o meu princípe, visitar new york; ter as minhas famílias todas junto a mim. Quando crescer quero saber sorrir como agora, abraçar quem abraço agora, amar como amo hoje; quero ainda saber aparvalhar junto deles; quero ser pequena sendo grande; quero ter um enorme coração cheiinho de recordações, fantasias, sonhos e pessoas. Quero ainda, saber cantar no meio da rua como fiz ontem. Apenas sei que Quero continuar a ser eu.